– Eu tenho defeito, disse com um sorriso no canto da boca.
Ele me olhou com cara de interrogação e perguntou:
– Que defeito?
– Eu acredito em amor verdadeiro, respondi.
E mais uma vez me olhou com cara de quem esperava uma lista de defeitos como: Sou sistemática, ciumenta, tenho toc e diversas loucuras que habitam a minha fértil cabeça.
Ok, talvez eu tenha alguma das características mas, atualmente, o que julgam pior que acreditar em amor verdadeiro?
Posso ate achar que é um defeito meu por não saber lidar com sentimentos e sempre sentir uma fadiga quando percebo que um certo sentimento a mais começa a desabrochar dentro dessa cabeça confusa e desse coração mais ainda.
Mas não tem como negar o óbvio.
Todos os dias bato no peito com um discurso bem piegas tentando me convencer que todo esse romantismo bem clichê não me pertence, mas pertence.
Todos os dias vejo casais no metro e torço para que um dia eu seja a protagonista dessa cena.
Todos os dias torço para ter alguém que entrelace suas mãos nas minhas e dê aquele leve aperto como quem diz: ‘’Estou aqui!’’
Todos os dias quando meus amigos me pedem conselhos sobre suas respectivas vidas amorosas, é a hora que consigo deixar a armadura de lado e expor uma verdadeira opinião como quem diz: ‘’Mas isso é pra você,comigo não funciona assim.’’
Claro que não funciona assim. Se ao menos eu me permitisse.
Me permitisse gostar de alguém sem medo de tudo aquilo acabar ou ser uma grande pegadinha da vida com a minha cara.
Me permitisse viver a vida com mais leveza porque o amor é leve e benigno.
Mas a partir de hoje, te convido a tentar se permitir junto comigo. Vamos? É uma tarefa nossa!
Vamos deixar pra trás todos os traumas, pesos e medos. As pessoas não são iguais e eu já dei esse recado em outro texto.
Vamos deixar um cheiro gostoso de café no fim de tarde na vida das pessoas.
Vamos ter calma e viver cada momento com a leveza que lhe é pedida.
Vamos abrir esse coração pro mundo porque afinal, o que você tem a perder?